Pois é, compartilhando meu post de ontem no Facebook, uma amiga me mandou a reportagem a seguir, de outro blog, sobre a verdade das cervejas pilsen: Falando de cerveja: Pilsen Urquell
Deem só uma olhada. Quem já tomou uma pilsen de verdade sabe do que estou falando. As cervejas do dia a dia brasileiro não têm amargor acentuado porque fermentam, em média, sete dias, quando o normal é 40! Está ou não está explicada a diferença de sabor? ;-)
Este blog já nasce de um paradoxo: como o silêncio pode nomear um local por excelência destinado à escrita? É que a pergunta a ser feita deveria ser: não existiria silêncio mesmo nas palavras ditas? Sejam bem-vindos...
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Mais cervejas
Já disse em outro post que um dos melhores lugares do Rio para se degustarem cervejas importadas é o Lapa Café. Pois foi exatamente lá, há duas semanas, que descobri algumas preciosidades. Primeiro é preciso saber que um dos seus garçons, o Tairone, é perigoso. Perigoso porque ele sabe tudo de cervejas, ou pelo menos assim nos parece. Muito simpático e solícito, ele sabe vender. E foi nessa que acabamos rachando uma Delirium Tremens (isso mesmo, a cerveja tem nome de doença de alcoólico terminal). Rachamos porque a garrafa custava 75 reais. Com um desconto de 20% e um grupo grande, podemos desfrutar de quatro dedos de cerveja a preço de vinho de excelente qualidade. Valeu a pena? Sim, claro! Bastante frutada, com teor alcoólico de 8,5%, tinha um leve sabor de caramelo. Bem, foi isso que conseguimos perceber, porque a essa altura já tínhamos tomado várias outras (é evidente que não se desembolsam 75 reais assim, do nada. Deve-se estar com bastante álcool na cabeça...).
E como chegamos a esse estágio avançado de decisão alcoólica? Bem, passamos por preciosidades, algumas já experimentadas antes; outras, novidades de aguçar o paladar. Entre elas, a Gauloise:
A Sepultura (sim, a cerveja da banda!):
Gostei tanto desta que, quando voltei ao bar na semana seguinte, pedi novamente uma garrafa. Depois fiquei sabendo que a banda estaria lá para o lançamento. Uma amiga disse que, como eles não vendem muitos discos, resolveram vender cerveja. Não sei... Só sei que é de qualidade muito boa a cerveja que leva a marca deles. Vale a pena experimentar.
E ainda vieram a Bauhaus e a Bierland:
Lembro-me que, desta última, tomei a pale ale. É claaaarooo!
As novidades dessa noite memorável foram essas, que só consigo relatar aqui porque fui anotando em um guardanapo (pesquisadora cervejeira que se preze precisa desses artifícios).
Mas o Lapa Café não é o único lugar no Rio em que se pode beber bem. O bar alemão da Barão do Flamengo, Herr Brauer, também é um ótimo lugar. Além da maravilhosa carta de cerveja, recomendo muito o bolinho de peixe com molho de gengibre. Devo dizer que não é um local barato, mas é bonitinho, aconchegante com sua decoração toda em madeira. E foi lá que fiz minha última descoberta, numa quarta-feira pré-carnaval: a maravilhosa cerveja russa Baltika:
Uma pessoa querida fez o seguinte comentário: e pensar que uma cerveja dessas custa uma caixa de uma cerveja comum brasileira. Bem, isso para mim não quer dizer nada. Primeiro, não gosto da pilsen comum de todo dia. Mas isso não é de hoje; de fato, nunca gostei. Segundo, prefiro beber menos e com mais sabor. E, por último, dificilmente beberia uma caixa de Skol, ou Antártica, ou Brahma. Então, acho que posso gastar mais, não é? Ou será que nosso paladar não foi feito para isto: passear pelos vários sabores terrenos? Pelo menos, eu penso assim. :)
Boa degustação!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Desfazer-se
Nada de guardar objetos quebrados, tapetes rasgados, vidros trincados.
Mas jogar fora papéis antigos, bilhetes esquecidos, adornos perdidos dos quais não se sente mais falta.
Limpar os armários da casa, mas também os do coração, e abrir espaço para as alegrias que vêm com o novo.
Porque nada se acrescenta ao que já não tem espaço.
Coisas em excesso ocupam espaço.
Pessoas em excesso, se não compartilham nossas vidas, também se tornam a montanha de entulho que nos separa de um novo caminho.
Porque o passado está na lembrança e só serve para nos mostrar que temos uma longa vida pela frente, como tivemos antes. Se passou, era porque era para passar. Se não está aqui, era porque não era importante.
Porque somos filhos do agora.
Desfazer-se para fazer-se de novo, em outro formato.
Mas jogar fora papéis antigos, bilhetes esquecidos, adornos perdidos dos quais não se sente mais falta.
Limpar os armários da casa, mas também os do coração, e abrir espaço para as alegrias que vêm com o novo.
Porque nada se acrescenta ao que já não tem espaço.
Coisas em excesso ocupam espaço.
Pessoas em excesso, se não compartilham nossas vidas, também se tornam a montanha de entulho que nos separa de um novo caminho.
Porque o passado está na lembrança e só serve para nos mostrar que temos uma longa vida pela frente, como tivemos antes. Se passou, era porque era para passar. Se não está aqui, era porque não era importante.
Porque somos filhos do agora.
Desfazer-se para fazer-se de novo, em outro formato.
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