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domingo, 15 de setembro de 2013

Sobre o amor... simplesmente

Retomo o blog depois de mais de um ano sem escrever. Não porque não tivesse o que dizer, mas porque a vida fora deste espaço requereu atenção e cuidado. Mas hoje eu preciso falar. Preciso falar de amor. Não de amar ou de ser amado, mas do amor em si.
Há muitos anos, quando eu estava perdida, uma pessoa linda, iluminada, entrou em meu caminho. Esse homem, um senhor idoso, era um padre. Parapsicólogo e médium, o Padre Avril me escutou em uma época em que eu não sabia quem eu era, em que tudo era nebuloso, confuso e em que a luz no fim do túnel era nada mais do que uma coisa de que eu tinha ouvido falar. Entre muitas coisas que ele me disse, entre papéis que me deu, livros que me recomendou, nenhum deles religioso, devo ressaltar, ele me disse uma coisa que só foi se fortalecendo ao longo dos anos. Foi mais ou menos algo assim: "Sabe por que as pessoas sofrem por amor? Porque elas acham que, quando alguém vai embora, vai levar seu amor com elas. Só que o amor está sempre dentro de nós, para darmos a quem quisermos, para colocarmos o rosto de quem quisermos." Isso demorou muito para decantar, mas as mais sábias palavras sobre o amor vieram de um homem que não conhecia o amor carnal, mas que sabia amar como ninguém, pois deixava esse amor no ar, como um perfume delicado.
Hoje, ele já faleceu e deve ter virado um anjo, assim penso. E eu, na minha insignificância de ser reencarnado tentando desesperadamente evoluir, tenho estas palavras em meu coração: o amor é nosso para dar para quem quisermos. Quando alguém vai embora, não o leva consigo; o devolve, para que ele seja novamente ofertado.
Por isso, disponibilize o seu amor. Mas sobretudo não tema quando quem o recebeu quiser devolvê-lo. Você não o perdeu. Ele continua com você, para dá-lo a quem quiser.
Acho que deve ser assim que pessoas como Gandhi e Chico Xavier devem amar. Eu sou apenas Débora. Amo egoisticamente, mas já sei que o guardo dentro de mim. Para me encher de amor e espalhar um perfume pelo ar.
Com amor.

6 comentários:

  1. Minha amiga, que belo texto! Não pare de escrever, continue, continue. Bj

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  2. Maravilhoso! De uma sensibilidade que emociona. Mas eu já sabia do seu poder sobre as palavras! Parabéns e continue nos brindando com seus textos. Bjs.

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  3. Lindo, Deby! Você é um amor! Beijos de carinho. Tia Tê

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